Para impedir que a rolha fique ressecada. As rolhas são feitas de cortiça, fibra vegetal extraída da casca do sobreiro, árvore muito cultivada em Portugal e na Espanha justamente para esse fim. Nesse material, o ressecamento faz surgir poros parecidos com caminhos de cupim. "Quando esses orifícios ficam muito grandes, atravessando toda a rolha, facilitam a entrada de ar na garrafa", afirma Antonio Czarnobay, presidente da Associação Brasileira de Enologia, em Bento Gonçalves, sede de muitas vinícolas gaúchas. O ar é o pior inimigo do vinho, pois o oxigênio acelera a sua oxidação - o que, em casos graves, pode até transformá-lo em vinagre. (O vinagre é a transformação do álcool, presente no vinho, em ácido acético. Isso se produz pela ação de bactérias, que utilizam o oxigênio no processo.) Com a garrafa na posição horizontal, o vinho fica em contato permanente com a rolha, mantendo-a encharcada e inchada, no ponto máximo de vedação.
Mas, atenção! Depois que o vinho já estiver aberto, a garrafa deve ficar sempre na vertical, mesmo que a vedação seja perfeita - isso para reduzir ao mínimo possível o contato do vinho com o ar que já está no interior do vasilhame.
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